Antonio Gerbase
Antonio Gerbase (Francescantonio Gerbasi)* nasceu em Vibonati, Campania, Provincia de Salerno, Italia, em 19 de outubro de 1867. Seus pais foram Antonia Finizola e Vincenzo Gerbasi. Passou sua infância em Vibonati com a familia numerosa. Antonio emigrou aos 18 anos, em 1884, como tantos outros habitantes da região na mesma época. Vibonati, que pertencia ao Reino das Duas Sicilia,tinha sido sido incorporado ao reino da Savóia fazia somente 23 anos, dando nascimento à Italia. No processo de estabelecimento do ideal de Garibaldi, da ideologia de Mazzini e do interesses de Cavour e Vitor Emanuelle, uma época de longa crise econômica, social e identitária estimulou o surgimento um grande diáspora. Os vibonateses emigraram principalmente para as Americas do sul e do Norte. No Brasil ao nordeste e, posteriormente, Bahia, Sao Paulo e, no nosso caso, Rio Grande do Sul. Primos emigraram a Venezuela, onde um grande ramo da família se estabeleceu e desenvolveu-se (Vincenzo Gerbase, poeta, diplomata, Fernando Gerbase, diplomata e embaixador). Outros formam aos Estados Unidos da America do Norte.
O irmão mais velho de Antonio, Pietro Gerbase, nascido em 1860, emigrou para Alagoas, Brasil, e iniciou comercio na Lagoa do Mundaú, região de Marechal Deodoro, a oeste de Maceió. Antonio o seguiu.
De 1884 a 1901 trabalhou como comerciante e caixeiro viajante, talvez em conjunto com seu irmão Pietro, no interior de Alagoas.
Escreve a Dona Léa em seu livro “O Vaso Azul”, “Estabeleceu-se em uma pequena cidade do interior, Pilar, como negociante. Costumava abastecer sua loja em Maceió, principalmente na Loja de José Antonio Jacome também italiano, há mais tempo radicado no Brasil. Lá conheceu Maria filha do comerciante com quem se casou em 1901, e passou a trabalhar com o sogro”.
Com Maria Jacome Gerbase teve cinco filhos: Vicente, 1904, Philomena “Mena”, 1907, José, 1910, Antonio Filho, 1913 e Francisco, 1917.
Socio de José Antonio Jacome tornou-se o único proprietário da “Alfaiataria Italiana” com o falecimento do sogro. Após alguns anos abriu um anexo chamado “Casa Nápoles”, nome alterado depois para “Casa Gerbase” e, finalmente, quando seu filho Vicente tornou-se seu sócio para “Casa Gerbase e filho”. Situada na Rua do Comercio 239 manteve-se ao longo de sua vida e mesmo posteriormente, sob Dona Maria e seu filho Vicente, uma estabelecimento de .comercio de grande importância local.
Durante as décadas de 1920 e 1930 viajou muito ao sul da Italia para fazer compras e visitar a familia, abastecendo seu comercio e mantendo laços familiares, que restaram até hoje.
Durante as décadas de 1920 e 1930 viajou muito ao sul da Italia para fazer compras e visitar a familia, abastecendo seu comercio e mantendo laços familiares, que restaram até hoje.
Nos anos 30 foi Agente Consular do reino da Italia em Maceio sendo pessoa muito conhecida e estimada em Maceio.
Sua filha Philomena (Mena) casou em 1922 e durante os anos 30 acompanhou o estudo se seus filhos em Recife e no Rio de Janeiro com os quais manteve intensa correspondência da qual nos restam alguns exemplares de cartas a José em 1938. Elegante letra de dificil, mas possivel, leitura.
No inicio dos anos 40 José, já medico, tratou-lhe uma penosa ulcera de perna, envolvendo um certo drama que marcou e influenciou a carreira do jovem Dr. José Gerbase.
As imagens existentes, a de 1902, com o filho Vicente, a de 1914, com toda a familia, menos o filho Francisco “Chico”, a de 1920, no auge de seus 53 anos com seu filho José em Vibonati, até as mais tardias, o mostram um homem de sua época, traços angulosos, de postura elegante, terno branco e bigode bem tratado que comunica, mesmo nos ultimos registros, uma idéia de um patriarca forte e orgulhoso. Tudo isto certamente sublinhado pelo fato da necessária imobilidade ao registrar a fotografia…
Faleceu em 1943 cercado pela familia.
Na certidão de nascimento a prenome é Francescantonio e o sobrenome Gerbasi. No casamento consta Gil Braz (erro burocratico? conveniencia de aportuguesamento do sobrenome?). Gerbasi se mantem por muito tempo (por exemplo no cartao de vistas de Consul Honorário). Finalmente a grafia estabeleceu-se como Antonio Gerbase. Em Vibonati, foco de origem da familia, há Gerbases e Gerbasis. On ramo de Antonio, hoje, é quase todo GerbasE.